Oito razões para não desistir dos livros em papel
Ao que
parece, os jovens continuam a preferir os livros em papel aos e-books.
Facilidades na compreensão, no envolvimento com a história e menos distrações
justificam a preferência.
O
Huffington Post organizou uma lista que mostra como o anúncio da morte dos livros em
papel pode ser exagerado, explicando também por que razão estes são
melhores do que a alternativa eletrónica. Ora veja:
1. Os jovens
tendem a acreditar que a informação útil está fora da internet
Um estudo do
Pew Research, que revelou que
a geração milénio (o grupo que nasceu entre o início dos anos 80 e o ano
2000) gosta mais de ler livros do que os adultos, descobriu também que é
mais provável que os jovens acreditem que a informação útil se encontra nos
livros em papel e não na alternativa eletrónica. Cerca de 62% dos entrevistados
com idade inferior a 30 anos identificou-se com esta afirmação, enquanto apenas
53% dos inquiridos com idade superior a 30 anos responderam da mesma forma.
2. É mais
provável que os jovens (e não tanto os adultos) comprem manuais de estudo
em papel
Um estudo conduzido pelo Student Monitor mostrou que
87% dos gastos em manuais no início do ano letivo de 2014 foi em livros físicos
e não em livros eletrónicos.
3.
Estudantes preferem estudar humanidades em livros do que através de cópias
digitais gratuitas
Quando se trata de ciências
e de matemática, os manuais eletrónicos servem. Mas no que toca às
humanidades já não é assim, segundo um estudo da Universidade de Washington que
concluiu que 25% dos estudantes de humanidades compram versões físicas dos
livros pedidos pelos professores.
4. Os jovens
preferem livros físicos mesmo quando não se trata de manuais
Já vimos que os estudantes
preferem manuais não eletrónicos. Um estudo da Nielsen de 2014 revelou que esta preferência se aplica também aos livros
mais pessoais. O que leva os jovens a comprar livros, questionava o inquérito.
As respostas “pesquisar em bibliotecas”, “pesquisar em livrarias” ficaram à frente
das recomendações nas redes sociais ou em sites de venda de
livros.
5. Os
estudantes não desenvolvem uma ligação emocional com os textos que leem em
ecrãs e têm uma menor compreensão daquilo que leram dessa forma
Ler a mesma história num
ecrã ou no papel e perceber as diferenças no envolvimento do leitor
relativamente à narrativa foi a proposta de um estudo realizado em 2012. Resultado? Aqueles que leram a
história no iPad não conseguiram ficar absorvidos pela história e foram
incapazes de se envolverem com as personagens e com o enredo a um nível
emocional. Em 2013, o jornal USA Today também publicou as conclusões de um
estudo que descobriu que os estudantes compreendem menos aquilo que leem se o
fizerem num ecrã.
6. Juntos,
pais e filhos também preferem os livros aos livros eletrónicos
Um estudo do instituto Joan Ganz Cooney
Center do Sesame Workshop, responsável por investigar a leitura na
infância, descobriu que nas leituras antes de deitar, os pais preferem ler aos
filhos livros em papel, por considerarem que as aplicações disponibilizadas em
alguns livros eletrónicos infantis, como vídeos e gráficos interativos, levam a
distrações.
7. Os livros
eletrónicos prejudicam o sono
Os pais podem ter razão.
Pelo menos foi o que concluiu um estudo da Universidade de Harvard, que descobriu que se o
livro eletrónico emitir luz, a pessoa que o lê tem mais dificuldade em
adormecer, demorando, em média, mais dez minutos até conseguir fechar os olhos
e descansar.
8. É difícil
evitar o multitasking enquanto se leem livros eletrónicos
No livro Words
Onscreen: The Fate of Reading in a Digital World, Naomi S. Baron
escreveu que os jovens têm mais dificuldade em concentrar-se quando leem no
ecrã porque é mais provável (três vezes mais provável do que ao ler livros em
papel) que a sua atenção se disperse por várias tarefas ao mesmo tempo.
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